A noite nos reserva, além de alguns prazeres, uma série de desventuras. Olhar atento, não se descuidar dos detalhes (às vezes imperceptíveis ao senso comum), não se deixar levar pela arrogância (achar que já domina a área), são regras que não devem ser abandonadas. Mas foi justamente o que eu fiz. Encarei bebida de procedência duvidosa, comida mais ainda, e pimba! Lá fui eu pro hospital, com um sem fim de "ites" como companhia. A boa notícia é que o dono do butiquim (grafia sugerida por Acir Vidal, seguindo orientações do sambista Moacyr Luz) também comeu a comida e, para o bem de todos, foi preparar tira-gosto pro diabo que o carregue.
Retorno combalido e desconfiado. Necessitando de uma cerveja bem gelada, uma boa dose de cachaça e um porção de língua com batatas, fui ao bar do Henriq, sito à rua Aleixo Neto, na Praia do Canto. A minha cor amarelo-esverdeada, para alegria do atencioso garçon Pokemon, logo deu lugar ao saudável rubor etílico apimentado.
Quando vou ao Henrique`s, a língua com batatas é um dos petiscos que eu costumo pedir (em breve providenciarei as fotos). Também gosto do pé de porco com feijão preto - que sempre chegam consistentes - pé e feijão (tem butiquim que serve aquela massa disforme de gordura e feijão derretidos). O terceiro é a rabada com agrião - necessário para manter o universo em equilíbrio. Tem também a dobradinha com feijão - mas não o manteiga. Esse último não me agrada. Gosto de dobradinha com batata
Dessa vez, como retomada dos serviços, não abusei da sorte e me ative à língua. Locupletei-me, senhores, sem arrependimentos. A cerveja estava geladiiiiiinha, que era uma beleza. E, pelo andar da carruagem, o fígado resistiu muito bem. Aguardem mais.